MAIS UM TIRO NO PÉ

Mais uma vez Vítor Pereira entornou o caldo.
Há um ano afirmou que não podia recorrer ao mercado de Inverno para melhorar a arbitragem.
Ontem, apareceu a afirmar que não pode garantir a imparcialidade dos seus comandados.
Ora, o presidente da Comissão de Arbitragem da Liga tem um problema que afecta muitos portugueses: usa as palavras de forma avulsa, sem saber o seu significado.
Se Pereira não pode garantir a imparcialidade do sector que dirige, só tem um caminho: demitir-se.
Mas isso ele não vai fazer.
Depois de mais um voto de desconfiança e de um atestado de incompetência aos árbitros e árbitros assistentes que dirige, Vítor Pereira prepara-se para mais um salto para a frente, preparando a sua reeleição. Porque os árbitros não votam e a posição que tomou é politicamente correcta.
Carlos Esteves, presidente do Conselho de Arbitragem da FPF, e Luís Guilherme, presidente da APAF, já saíram a terreiro lançando aos árbitro um repto para responderem a Vítor Pereira, a quem não poupam, naturais, críticas.
Mas vão ver que mais uma vez depois de semear o caos o líder da CA da Liga vai conseguir escapar entre as gotas da chuva que gerou.
O próprio Hermínio Loureiro saiu da toca para denunciar a quebra de um elo ético a propósito das críticas de Esteves. Não sei é se falou na qualidade de presidente da Liga ou de vice-presidente da FPF. Ou nas duas.