Foi uma sorte ter podido acompanhar de perto o seu percurso que mais ninguém irá conseguir igualar no desporto português.
Era filho de deus e do diabo e esta dupla filiação só está ao alcance dos grandes.
A sua morte e a de Fernando Gomes fazem-me perder as minhas grandes referências (e dois amigos) de mais de 40 anos a correr campos de futebol.
Pinto da Costa foi o grande aluno de José Maria Pedroto mas quando chegou à primeira lição já era mestre da ciência de liderar sem ser by the book. Em Pinto da Costa o instinto era fatal, o que se repercutiu na sua vida pessoal.
Homem com uma cultura clássica e uma veia libertina que se soltou depois dos 40 anos, Pinto da Costa só teve uma grande paixão - o FC Porto - e até essa paixão traiu.
O homem partiu mas a história continua
A vida é sempre a perder mesmo para quem nasceu para ganhar.