A GUERRA DA LIGA

Na minha modestíssima opinião, a confirmação da saída de Hermínio Loureiro da liderança da Liga, no final da próxima época, é uma péssima notícia para o futebol profissional de português. Há por aí muita gente a falar de cor e outros tantos que estão cegos pela paixão clubística.
Os primeiros vão dizer que não se pode misturar política com futebol. Quando a política há muitos anos que se mistura com o futebol e o futebol com a política, pois, no fundo, do mesmo lamaçal se trata...
Os segundos vão afirmar que só digo isto porque sou um "apito-dourado-dependente" e valido as acusações produzidas pela equipa de Ricardo Costa, sendo um benfiquista primário. Confesso que a qualificação é algo exagerada.
Acontece que ando "nisto" há muito tempo e assisti à criação da Liga, à sua afirmação através da forma de organismo autónomo e à sua afirmação plena, para o bem e para o mal concretizada por Valentim Loureiro.
Ninguém pode pensar que quando Hermínio Loureiro chegou à Liga só encontrou terra queimada. Longe disso. Há 3 anos, a Liga já era uma instituição sólida e com história. Muita história, até.
O meu medo não passa, como calculam, por aí. Passa pela guerra que aí vem. As espingardas já estão a ser contadas e os contendores divididos. Um é azul, o outro é vermelho.
Com a saída de Hermínio e de Ricardo Costa por arrasto, o grande ponto de interrogação é agora este: quem lhe vai suceder?
É uma questão falsa. O sucessor está encontrado e encontra-se na estrutura da Liga.
Falta apenas saber como vai "filtrar" o jogo de forças.
Pode ser que aconteça um milagre.
Pode ser que o trabalho pela equipa de Hermínio não tenha sido em vão. A passagem do testemunho para um elemento da sua equipa pode minimizar estragos, embora me pareça estou a ser um tanto optimista quando traço este cenário.
Vamos ver.