SÓ PODIA CHAMAR-SE CRISTIANO

Confirma-se.
A Península Ibérica não produz apenas pata negra e pastéis de tentúgal.
Há Cristiano.
Um rapazito da Madeira, com proeminente maçã de Adão, que chegou a Madrid via Paris.
Arigato, disse ele na conferência de Imprensa. Talvez não saiba mas arigato é o nosso obrigado, adoptado há cinco séculos pelos japoneses. Que também aproveitaram a tempura.
Como se pode comentar o que aconteceu ontem no Bernabéu?
É algo que está para além de qualquer assembleia das testemunhas de Jeová.
Serão já efeitos colaterais da gripe A?
Não, se fossem seria gripe A9.
A auto-estrada para a insanidade.
Vá lá, pá, o tipo é português.
Sim, talvez.
Não foi por acaso que a Madeira esteve a arder durante dois anos antes de ali deixarmos a nossa semente.
Sim, é certo: ao contrário do que se pensava, o incêndio propagou-se ao resto do mundo na figura de um rapazola de sorriso maroto, musculado e que perante o Mundo o mais que tem a dizer é que tem medo de morrer.
Caro Cristiano Ronaldo: estavas a mentir.
Um tipo como tu nunca morre.