Na Madeira



Enquanto o bailinho da Madeira está no intervalo, este é um fim de semana que mostrou a todos a diferença entre os dois maiores clubes portugueses.
Comprova que o FC Porto ganha campeonatos porque joga para ganhar, procura em todos os jogos ter uma atitude ganhadora no terreno, seja com este ou aquele treinador.
Aliás, o meu amigo madeirense Bruno, maritimista há mais de 40 anos, e que tenho o imenso gosto de o ter como amigo há quase 20, dizia-me que antigamente o Benfica onde entrava era para ganhar e indiscutivelmente é o Porto que o faz nestes últimos 30 anos.

E porque o campeonato está praticamente decidido, gostaria que alguém me explicasse porque que o Hermínio Loureiro, presidente da Liga de Clubes, demorou tanto tempo a entregar os dois troféus ao campeão das duas ultimas épocas.?
Será que tinha receio de ir ao Dragão??
Se foi por isso, não servia para árbitro, pois é daqueles que gosta de passar entre os pingos da chuva.

E por falar em árbitro, como já se começa a pensar na Final da Taça de Portugal, um dos árbitros que bem merece arbitrar esse jogo é Paulo Costa, que tem a oportunidade de o fazer, pois vão jogar duas equipas do distrito do Porto.
Há três jornadas atrás, quem não foi enganado pelo guarda-redes foi precisamente o árbitro Paulo Costa. No lance em que teve que decidir se era golo do Belenenses decidiu correctamente, porque Kieszek não foi carregado por Saulo.
As Leis do futebol protegem os guarda-redes contra as cargas, no momento em que toda a atenção esta colocada na bola. O guarda-redes não pode ser carregado na sua área de baliza, mas fora da área de baliza é equiparado aos outros jogadores, no que respeita a cargas, pois encontra-se fora da sua zona de protecção.
Quanto às cargas legais, elas são permitidas, mesmo com um certo vigor, pois não é um acto rude nem violento, mesmo que casualmente provoque a queda de quem a recebe. A carga legal, em todas as circunstâncias, é inoportuna, se for efectuada sem a bola a uma distância jogável. Esta distância de jogo, é uma questão de apreciação por parte do árbitro, cerca de 2 a 3 metros, significando que um jogador pode ser carregado mesmo não estando da posse da bola, desde que o esforço cometido para a sua conquista seja decisivo por parte dos jogadores interessados.
Em Belém, Saulo, jogador do Belenenses, concentrou toda a sua atenção na bola que vinha pelo ar, estando de costas para Kieszek. O guarda-redes do Vitoria de Setúbal saiu da baliza procurando a bola e indo ao encontro e ao contacto com Saulo. Contacto este no limite da área de baliza ou já no seu exterior. Nesta circunstância, não houve qualquer carga do avançado sobre o guarda-redes, validando o árbitro da A.F. Porto, correctamente, o primeiro golo do encontro. Sujeitando-se, a seguir, à opinião, correcta ou não, do observador que o pontuou, em função deste lance, no minucioso relatório do jogo.