Pedro Henriques ao Jornal de Noticias diz que...


Nota é extremamente penalizadora e não vou voltar traumatizado.

Pedro Henriques não concorda com a nota que lhe foi atribuída pela observador do jogo Benfica-Nacional, mas diz que é obrigado a acatá-la.
"É extremamente penalizadora, mas respeito", afirmou em declarações ao JN.

O árbitro não pode, devido aos regulamento da Liga de Clubes, contestar o valor negativo atribuído por Ernesto Pereira (ex-árbitro da Associação de Futebol do Porto) ao seu trabalho - 2,3 numa escala de 0 a 5 -, mas realça que prestou, recentemente, esclarecimentos ao organismo que tutela o futebol profissional.

"O observador escreveu que o o jogador estava de costas quando tocou a bola com a mão, mas as imagens televisivas não o confirmam. Não pude deixar isso em claro", avançou, sem medo das consequências das suas palavras.

Por outro lado, o árbitro lisboeta não entende a razão de ainda se falar tanto no encontro... "Normalmente, este tipo de polémicas arrasta-se durante três ou quatro dias. Desta vez já vai em 15! Ainda não percebi, sinceramente, a razão de tanto diálogo, que até já abriu telejornais em Portugal. Tenho de sentar e reflectir sobre o motivo que levou este caso a ter tanta repercussão", lamentou.

As consequências do embate da Luz, realizado a 22 de Dezembro, já se fazem sentir. Não foi nomeado para qualquer jogo nesta jornada. Castigo ou protecção? "São as duas razões ao mesmo tempo. Por um lado, estou a ser penalizado pelo que consideram ter sido uma má arbitragem. Como já disse, tenho de aceitar. Por outro lado, desejam proteger-me de situações eventualmente negativas para mim, dado que o meu nome é, neste momento, susceptível a polémicas".

Ainda hoje, Pedro Henriques considera que tomou a decisão certa no lance em que considerou ter sido faltosa uma acção do benfiquista Miguel Vítor, com a mão. "Os critérios que me levaram a considerar a infracção continuam a ser os mesmos. Mesmo que muita gente diga que errei, inclusive no interior da arbitragem, continuo a ter a mesma opinião. Estou de consciência tranquila".

O árbitro desconhece, para já, quando regressará à acção. "Não sei, mas não estou excessivamente preocupado. Já fiz 12 jogos esta época e só em uma tive nota negativa. Tenho 43 anos, já tive muitas experiências e não vou voltar traumatizado".

É caso para dizer "Isto não está porreiro, pá!"