ALGUÉM FALOU EM LEIS DO JOGO?


Olhando para a chuva, tendo o mar como horizonte, aguardando que o jogo do Vitória de Setúbal -FC Porto tenha o seu início, sem grandes preocupações, pois vai ser arbitrado por Jorge de Sousa, empregado de escritório e empresário no ramo da comercialização de madeiras para móveis e afins, melhor árbitro da actualidade e das últimas três épocas em Portugal, lendo aqui o artigo do Eugénio Queirós, dos provincianos, aproveito para voltar a um assunto que já tinha publicado no Jornal de Noticias na coluna "Arbitragem ao Raio X".
No jogo no Dragão, entre o FC Porto e o Vitória de Guimarães, um jogador vitoriano, com o jogo a decorrer, trocou de camisola, o que levou dois locutores radiofónicos a penalizarem gravemente a equipa de arbitragem por permitir tal situação.
Um leitor, questionou-me se o que os dois locutores da rádio disseram, sobre o árbitro Benquerença, estava correcto.
O equipamento usado pelos jogadores não pode ser perigoso para os próprios nem para os outros jogadores.
É constituído por camisola, calções, meias, calçado e caneleiras, que devem ser inteiramente tapadas pelas meias, devendo ter um grau de protecção apropriado.
O guarda-redes deve ter um equipamento de cores que o distinga dos outros jogadores e dos árbitros.
Nenhum jogador pode despir a camisola ou colocá-la por cima da cabeça quando estiver a celebrar um golo.
No entanto, é permitido trocar de camisola com o jogo a decorrer.
Isto porque a Lei prevê que o jogo não deve necessariamente ser interrompido, se o jogador tiver uma camisola rasgada.
Assim, o árbitro pode convidar o jogador a deixar o terreno na próxima interrupção do jogo, para rectificar qualquer peça do seu equipamento.
Se assim acontecer, o jogador só pode regressar, com autorização do árbitro, numa paragem do jogo e antes de autorizar, deve verificar se o equipamento está em ordem.
Olegário Benquerença e os seus árbitros assistentes não se intrometeram quando a troca de camisola se processou com o jogo a decorrer e correctamente não interrompeu o jogo para exibir cartão amarelo, como os locutores da rádio queriam.
Isto porque a lei diz claramente que o jogador não deve deixar o terreno do jogo na próxima interrupção, quando já tenha corrigido a situação (trocado de camisola) do seu equipamento.