SURPREENDENTE [no mínimo]

Pelos vistos é o tema do momento e só estou admirado de não aparecido o Sobral para "chatear" com a malta da bola e sobretudo da sua periferia: Helton voltou a destronar Vítor Baía. Reconheço que mais uma vez a "família jornalística" foi surpreendida por esta decisão. Depois de ter defendido aquele penálti, toda a gente pensou que Baía, com Helton disponível de novo, tinha agarrado o lugar. Não agarrou. Adriaanse entendeu mais uma vez que Helton é melhor. Pena foi que o repórter da TVI não lhe tenha perguntado porquê, em vez de estar preocupado com o corte de cabelo de Helton - mas, 'prontos', é isso o que a casa gasta. Eu cá só encontro uma explicação para esta decisão surpreendente:
- Para Adriaanse, Helton é o melhor mas Baía também é bom, por isso enquanto não falhou grosseiramente foi do 99 a baliza. Depois da Reboleira, o holandês entendeu que tinha chegado a hora de Helton. O brasileiro respondeu muito bem, até se lesionar. Voltou Baía e deu aquele frango na Luz, desta vez sem possibilidade de se emendar. Nos jogos seguintes, Baía cumpriu sem deslumbrar e no jogo da taça sofreu um golo de Liedson e defendeu um dos cinco penalties cobrados pelos jogadores do Sporting. Foi uma boa defesa, mas apenas isso. Com Helton de novo bom, Adriaanse deixou de lado a carne (efeito emocional da passagem à final taceira) e ficou só com o osso (o que ele pensa sobre os dois guarda-redes). E como quer ser finalmente campeão, escolheu o melhor. Pensa ele de que.

Que se saiba, e com a excepção do Herculano serralheiro, o Vítor não fez mal a ninguém.