DIÁRIO DE HEERENVEEN (2)

Despacho o serviço no Abe Lenstra Stadium, tentámos encontrar um sítio onde trincar alguma coisa, quando já passava da meia-noite local. Destino: Walvega. Não se via vivalma mas à porta da cofee shop local o neón dizia "open". Que não, ali os comestíveis eram outros, mas havia um kebah aberto. Confirmou-se. As horas avançavam e voltámos à rua. Eu, o Poças e o Manel Chaves. E foi aí que fui apresentado a uma tal "Viúva Branca". Experimentei-a e nada. A caminho do hotel, senti a estrada a alargar e quando saí do carro percebi pela primeira vez que o Mundo gira sobre o seu eixo. Não sei como cheguei ao quarto, só sei que estive a rir durante pelo menos uma hora. Mas a rir mesmo a sério. Depois, o Mundo voltou a desacelerar mas o meu cérebro, ou o que resta dele, continuava a trabalhar a 200 por cento, com todos os sentidos alertas. Só sei que acordei de manhã com a recordação de uma "moca" monumental graças a uma série de passas numa "Viúva Branca", a poderosa afrodite dos sentidos. A tal. E eis-me, assim, de volta à base ainda deslumbrado por finalmente ter visto A Luz. Obrigado, António!