MARCELINO E MARQUES MENDES


Volto. Deixei a marinar no topo a "posta" do Leirós sobre um Marcelino que terá toda a razão. Bem, parte do poder de decisão da nossa Comunicação Social eu sei que tem e, tal como alguns comentadores, também me parece que noutros tempos foi um dos defensores de Queiroz, do projecto Queiroz e de outros queirosianices que não passaram de folclore no nosso futebol. Ok, tudo bem, só os burros não mudam de ideias e o burro todos sabemos que já cá não está. Portanto, não somos nós. Que o Marcelino sabe fazer jornais, isso eu sei há muito tempo, não era preciso, senhor Leirós, era estar à espera dele para verificar uma realidade: os erros de casting não acontecem só nas redacções dos jornais e na formação de listas para o Conselho de Justiça da FPF. Ou na constituição de equipas de bloggers... Mas adiante que isto é pouco importante. Nos últimos dias, li uma manchete, curiosamente de um jornal onde o João foi director, que me dizia que as pensões vitalícias do Estado subiram oito milhões de euros e que no lote se encontra um tal Marques Mendes. O mesmo senhor que uma semana antes, numa revista que sai à quinta-feira mas que se chama muito apropriadamente Sábado, revista que também teve o famoso toque do Midas do nosso jornalista, disse que nunca ganhou tão bem na vida, como administrador da EDP-renováveis. Temos aqui o perfeito exemplo de um cidadão em plena vida activa, principescamente pago por uma empresa com capitais do Estado e que ainda abarbata uma choruda pensão só pelo facto de ter passado parte da sua vida na Assembleia da República, o único local da nação onde se trabalha menos que nas escolas portuguesas. Estranhamente ninguém reparou neste que parece um pormenor. Talvez porque estamos precisamente a falar do pequeno surfista prateado.
PS - Digam lá se não era bonito, neste tempo de crise, esta gente impoluta e democrata abdicar da pensão da ordem em prol dos pobrezinhos...ou, já agora, aqui do "je"