Abril de 2004, quase 20 anos depois da revolução dos cravos
Jogo: Marítimo-Nacional, 31.ª jornada
Árbitro: Martins dos Santos
Árbitros auxiliares: João Santos e António Neiva
Factos: António Henriques, vice-presidente do Conselho de Arbitragem da FPF, pede a Azevedo Duarte, vogal do mesmo conselho, o telefone do árbitro Martins dos Santos. Intenção: beneficiar o Marítimo. A contrapartida: Henriques garante que o filho de Martins dos Santos, Daniel, subiria à 2.ª categoria da arbitragem no final da época. O telefonema é feito em linguagem criptada entre Henriques e Santos, o que leva o segundo a pedir ao primeiro para se explicar melhor. A dúvida: vou ajudar quem, o Nacional ou o Marítimo. Compreende-se. Henriques é uma figura do futebol madeirense... Henriques explicíta. Martins diz que sim senhor. "Você já me conhece...", diz, e acrescenta: "Mesmo que não me dissesse nada..." Na véspera do jogo, Henriques liga a um amigo e garante-lhe que a arbitragem do jogo seria um escândalo. Com o jogo em curso, outro telefonema de outro amigo para Henriques informando que estava tudo a correr conforme. O Marítimo vence por 2-0. A peritagem apura 3 erros do árbitro em benefício do Marítimo e 2 em benefício do Nacional. O primeiro golo do Marítimo foi precedido de falrta, muito perto do árbitro assistente João Santos, é ele quem assinala a falta depois de a bola bater na cara e no braço de um jogador do Nacional. O golo é marcado em fora-de-jogo. Depois do jogo, Martins telefona e Henriques a perguntar-lhe a opinião sobre o trabalhinho. Disse que o jogo tinha sido difícil. Henriques considerou óptima a arbitragem. Martins fala de uma grande penalidade que o Nacional reclamou...e do amarelo que mostrou a um jogador nacionalista. Ouvido pela PJ, Martins dos Santos disse que Henriques não lhe pediu qualquer ajuda. Um amigo de Henriques, também ouvido pela PJ, confessa que Henriques o tinha convencido a fazer-se sócio do Marítimo se o Marítimo ganhasse aquele jogo.
Moral da história: se Henriques, um simples sócio do Marítimo, quis ajudar a equipa que joga nos Barreiros foi só porque queria que esta tivesse mais um sócio. Onde é que está aqui o crime?
Jogo: Marítimo-Nacional, 31.ª jornada
Árbitro: Martins dos Santos
Árbitros auxiliares: João Santos e António Neiva
Factos: António Henriques, vice-presidente do Conselho de Arbitragem da FPF, pede a Azevedo Duarte, vogal do mesmo conselho, o telefone do árbitro Martins dos Santos. Intenção: beneficiar o Marítimo. A contrapartida: Henriques garante que o filho de Martins dos Santos, Daniel, subiria à 2.ª categoria da arbitragem no final da época. O telefonema é feito em linguagem criptada entre Henriques e Santos, o que leva o segundo a pedir ao primeiro para se explicar melhor. A dúvida: vou ajudar quem, o Nacional ou o Marítimo. Compreende-se. Henriques é uma figura do futebol madeirense... Henriques explicíta. Martins diz que sim senhor. "Você já me conhece...", diz, e acrescenta: "Mesmo que não me dissesse nada..." Na véspera do jogo, Henriques liga a um amigo e garante-lhe que a arbitragem do jogo seria um escândalo. Com o jogo em curso, outro telefonema de outro amigo para Henriques informando que estava tudo a correr conforme. O Marítimo vence por 2-0. A peritagem apura 3 erros do árbitro em benefício do Marítimo e 2 em benefício do Nacional. O primeiro golo do Marítimo foi precedido de falrta, muito perto do árbitro assistente João Santos, é ele quem assinala a falta depois de a bola bater na cara e no braço de um jogador do Nacional. O golo é marcado em fora-de-jogo. Depois do jogo, Martins telefona e Henriques a perguntar-lhe a opinião sobre o trabalhinho. Disse que o jogo tinha sido difícil. Henriques considerou óptima a arbitragem. Martins fala de uma grande penalidade que o Nacional reclamou...e do amarelo que mostrou a um jogador nacionalista. Ouvido pela PJ, Martins dos Santos disse que Henriques não lhe pediu qualquer ajuda. Um amigo de Henriques, também ouvido pela PJ, confessa que Henriques o tinha convencido a fazer-se sócio do Marítimo se o Marítimo ganhasse aquele jogo.
Moral da história: se Henriques, um simples sócio do Marítimo, quis ajudar a equipa que joga nos Barreiros foi só porque queria que esta tivesse mais um sócio. Onde é que está aqui o crime?