A conspiração do Palito

Na semana passada, o antigo presidente da A F Lisboa, disparou em várias frentes, atingindo os árbitros de Lisboa e o treinador nortenho Jaime Pacheco.
Tudo, pela derrota do Belenenses, por um golo duvidoso, que foi mal validado.
Duarte Gomes, o árbitro internacional lisboeta, foi acusado de ser portador de uma encomenda do presidente dos árbitros, para bater de tabela em Jorge Coroado.
Conheço perfeitamente, Vítor Pereira e Jorge Coroado, porque fiz uma carreira na arbitragem ao mesmo tempo que eles.
Com ambos, tive o prazer de fazer diversos jogos nos países europeus. Foram dois dos melhores árbitros da FIFA, tão bons e eficientes como Garrido e Valente.
Já o escrevi aqui, por causa da troca de um árbitro, que sei que Vítor não é pressionável. Como sei, que Coroado, também o não é.
Há uns tempos atrás, encontramo-nos os três no Tribunal em Fafe. Verifiquei, como se cumprimentaram sorridentes e como dialogaram quando foi necessário dialogar. Ambos têm concepções diferentes para a gestão da arbitragem. Normal e saudável.
Aliás, existe em Portugal, no mínimo 3 ou 4 correntes diferentes para a gestão da arbitragem. Todas juntas, teríamos os melhores árbitros do Mundo. Vítor Pereira tem cometido erros, é criticado por isso. Mas sei, tal como Coroado, que jamais diria a um árbitro para prejudicar alguém.
Mendes Palito viveu sempre no sistema. No sistema dos votos dos clubes.
Duarte Gomes nasceu na Madeira, mas viveu quase sempre em Lisboa.
Os meus amigos madeirenses, conhecem-no, como conhecem o Paraty do Porto, o Isidoro de Viseu e o Proença de Lisboa, porque não foi na ilha que ele cresceu na arbitragem.
O problema é que alguns, ainda não percebem, que na vida pessoal e desportiva, temos os comportamentos éticos reforçados.
Todo o Homem tem um preço. Os Honestos são de borla...