Enquanto o Benfica subtraia meia dúzia de dentes da boca do Marítimo fui puxando pela memória para tentar encontrar um resultado equivalente dos encarnados fora de casa, nos últimos anos. Não fui capaz. O Maisfutebol lá deu uma ajuda: em 73/74 o Benfica espetou sete em casa do Olhanense, que na época não era treinado pelo Jorge Costa e, portanto, só conseguiu enfiar uma batata na baliza do Glorioso. Lembro-me perfeitamente do jogo: tinha dois anos, mais dentes que o Marítimo de ontem, a fralda cheia e estava exilado em França. Os progenitores usavam uma calças à boca de sino que balançavam ao sabor dos quatro golos marcados pelo Jordão (sim, esse, o leão, o pintor) e em campo quase todos os jogadores usavam bigode, menos o Jordão (sim, a fera do Sporting). Não me recordo do nome do árbitro, mas deve ter sido o Carlos Valente (o Calabote não foi de certeza, que era dos anos 50). Tudo isto para dizer que Quique escreveu história e que o Benfica, com Reyes, Suazo Aimar e Nuno Gomes em sintonia com a inspiração é capaz destas graças. O pior é quando anda com as A(n)tenas no ar. Mesmo assim, ao Benfica faz falta um tipo com bigode (o último foi o Valdir), que podia ser, por exemplo, o Binya, desde que o pintasse da cor do cabelo.