O PROFESSOR KEIROGA

Carlos Queiroz é o novo seleccionador nacional. Confirma-se: não há nada tão ruim que não possa piorar. O professor Keiroga é o Grande Bluff do futebol português. Ganhou dois títulos mundiais de "juniores" - um deles disputado cá na terra - e foi alcandorado a grande iluminado da bola nacional. Até foi autor de um projecto a que, modestamente, chamou "Projecto Queiroz". O projecto não ultrapassou a sua essência. Os mundiais de fraldas que conquistou levaram-no de elevador ao cargo de seleccionador nacional - falhou. Mas a sua aura manteve-se. Foi para o Sporting e, no comando de uma equipa fantástica, nada de significativo ganhou, até se incompatibilizar com Santana Lopes, provavelmente num dos poucos actos de lucidez de PSL. Seguiu-se uma espécie de volta ao mundo que o levou ao Japão, aos Estados Unidos e à África do Sul. Tudo espremido, pouco sumo sobrou - falhou todos os projectos e saiu sempre zangado. Quando as coisas não resultam a culpa é sempre do Mundo que está contra Carlos Queiroz. Nos últimos anos, o professor K. foi escolhido por Ferguson para seu adjunto no Manchester United. Mas como tem um ego muito grande, trocou a sua posição subalterna no Manchester pela de técnico principal do Real Madrid. Em Madrid assinou uma proeza: bateu o recorde de derrotas (5) consecutivas dos merengues. Mais uma vez saiu zangado. Ferguson abriu-lhe de novo a porta porque é um tipo infoexcluído. Queiroz "descobriu" depois Cristiano Ronaldo. O que está ao nível do nosso descobrimento do Brasil depois de assinarmos um tratado em Tordesilhas. Eis agora o professor K. de novo na selecção. Não, meus amigos, não é uma boa notícia. A não ser que o homem deixe de novo crescer o bigode...
PS - Temos de fazer uma revisão urgente ao conceito de "servir o país", sobretudo pela leviandade com que o chavão é usado quando está em causa um salário anual de 1,5 milhões de euros mais alcavalas publicitárias...