(a)PITO DA SITUAÇÃO

Após a oitava sessão do julgamento do processo originário do Apito Dourado, ainda se está longe de ter sido atingido o cerne da questão. Mas neste entretanto houve já alguns momentos importantes:
- A irritação do major face à inspectora da PJ Leonor Brites e o "chega para lá" a um dos seguranças do tribunal que pode dar processo.

- A confirmação de que o Gondomar SC oferecia aos árbitros jantares e artefactos em ouro.

- O depoimento de Rui Mendes, revelando que foi nomeado para um jogo em plena Câmara Municipal de Gondomar.

- O desconhecimento futebolístico dos inspectores da Pj que fizeram relatórios de diligências sobre jogos do Gondomar em 2003/2004.

- A suspeita de que as peritagens aos jogos pouco ou nada vão adiantar do ponto de vista da acusação.

- A confirmação de que Pinto de Sousa era apenas uma pedra do tabuleiro onde outros jogavam.

- A categoria de alguns advogados de defesa, com destaque para Pedro Alhinho, mandatário de Joaquim Castro Neves.

- A diferença de estilo entre alguns advogados que vêm das barras criminais puras e duras e outros calejados em grandes processos, para rever em sessões futuras.

- A condescendência do juiz António Carneiro da Silva perante os dois lados, embora quase sempre com sinal mais para o lado da acusação, como disso são prova algumas das perguntas que formula.

- A mudança de estratégia do major, que deixou de aparecer no tribunal.

- O click que acontece sempre que o advogado-árbitro Carlos Duarte faz perguntas, tendo sido o único até aqui que conseguiu exasperar o juiz-presidente "até à náusea".

- Carlos Teixeira em silêncio como muleta do procurador Gonçalo Silva.

- A lampreia, tema recorrente das sessões.

- Constatação de que as notas atribuídas aos árbitros podem vir a ser tomadas como a principal contrapartida, mais que os artefactos em ouro.

- José Luís Oliveira falava mesmo com os árbitros e não era para falar do boletim do totobola.


Mais a procissão ainda vai no adro.