Uma das mais polémicas assembleias-gerais do Vitória na era Vítor Magalhães, foi aquela em que foi apresentado o resultado de uma auditoria encomendada pela Direcção do VSC à empresa de auditoria e consultoria ‘Deloitte e Touche’.Nessa AG, em 12 de Novembro de 2004, a direcção do Vitória, liderada por Vítor Magalhães, fez-se acompanhar por um representante da ‘Deloitte e Touche, que ajudou a explicar os resultados da referida auditoria, tendo contudo, ficado muitas dúvidas entre os associados. De resto, foi tendo por base estas dúvidas e em nome da transparência que todos defendiam, que por esmagadora maioria os sócios do Vitória aprovaram uma proposta de Roriz Mendes que defendia a “publicação do relatório da auditoria realizada discriminando-se o passivo apurado, quem dele beneficia e quanto para que a transparência seja total”. Dias após a AG, ouviram-se vozes defender que não havia qualquer auditoria, mas a verdade é que a presença naquela sessão de um representante da empresa auditora, conferiu credibilidade ao documento e às palavras de Vítor Magalhães.Na mesma data, conforme noticiamos na edição de 19 de Novembro de 2004, o NG solicitou ao presidente Vítor Magalhães cópia da referida auditoria o que foi negado com o argumento de que o mesmo “comporta cerca de 60 a 70 páginas”, deixando, contudo a garantia de que “faremos uma súmula que depois distribuiremos pela comunicação social”. Ainda assim, como relatamos na mesma edição, dias depois Vítor Magalhães assumiu que afinal tinha consultado os colegas da Direcção e ficou decidido “não entregar o documento ao NG”.Quanto à publicação da mesma, o que se traduzia no cumprimento da proposta aprovada em Assembleia-geral, garantiu na altura “vamos analisar a proposta e depois se verá”.Pelos vistos da análise concluiu-se a não publicação, uma vez que tal nunca aconteceu... Três anos volvidos, e sem os préstimos quer de Vítor Magalhães quer dos elementos da sua Direcção, o NG teve acesso ao documento que na primeira página não deixa margem para dúvidas - não foi feita qualquer auditoria.Na folha de rosto do documento datado de 10 de Setembro de 2004 endereçado ao Vitória Sport Clube, à atenção do Presidente da Direcção, lê-se: “(…) o âmbito do nosso trabalho não correspondeu a uma auditoria do referido balanço, como um todo ou em qualquer das suas componentes, em conformidade com princípios de auditoria geralmente aceites, pelo que não podemos emitir e, consequentemente, não emitimos, uma opinião sobre aquele balanço, ou sobre qualquer das rubricas que o compõem”.De facto, ao longo das páginas não é assumida existência de uma auditoria, mas somente “um trabalho realizado” pela empresa que também é descrita como prestadora de serviços de consultadoria.Talvez por isto a proposta aprovada pelos sócios nunca tenha sido cumprida. A proposta fala numa auditoria que pelos vistos não existe!
in "Notícias de Guimarães"
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PS - Pois é, então e o tal défice de 12 milhões de euros que o dr. Pimenta deixou, onde está? Será que desapareceu para parte incerta, como o sr. Vítor Magalhães?