XITOS


Vítor Pereira falou ontem aos jornalistas, na sede da Liga, e fez um balanço que se pode considerar de sinal positivo sobre o que foi feito pelos seus meninos nas jornadas já disputadas (27). O presidente da Comissão de Arbitragem da Liga não se mostrou propriamente em grande forma, apesar do apoio de Tiago Craveiro. Em 416 jogos analisados, nove tiveram excelentes arbitragens (acima de 8.6) e 372 foram considerados positivos (notas de 8 a 8.5). Apenas 35 arbitragens foram avaliadas abaixo de oito, entre as quais só 14 abaixo de 7.5 (uma nota miserável). Vítor Pereira não pôs os nomes aos bois mas não se importou de o fazer quando analisou a última jornada. Sobre a arbitragem de Olegário Benquerença em Coimbra, como que o desculpou com o facto de ter feito a semana passada um estágio da FIFA. Quanto a Carlos Duarte, que esteve mal em Paços, sacudiu a água do capote e sacudiu a sua nomeação usando os regulamentos. Ora, toda a gente sabe que desde que a época começou que Carlos Duarte, que é advogado e activista da causa da arbitragem, estava na mira de alguns senhores que mandam na nossa arbitragem. O árbitro do Porto vai precisar agora de um milagre para se salvar da descida. Está a acontecer-lhe o que aconteceu há poucos anos a um promissor árbitro de Aveiro, António Resende, que por duas vezes subiu à 1.ª categoria e outras tantas desceu. Porque, está visto, na primeira categoria há 24 cadeiras mas pelo menos 20 estão reservadas e quem chega de novo é que normalmente se lixa... As avaliações divulgadas demonstram, por outro lado, que o critério usado é demasiado complacente, amalgamando as notas num nível médio e alto e fazendo com que no final as diferenças se façam pela introdução dos coeficientes de dificuldade dos jogos (um factor, como se imagina, subjectivo). Noutros tempos davam pelo nome de "factores de correcção" (sempre era mais...correcto).