isto ainda vai acabar mal


Isto de ter uma jornada futeboleira intervalada pelas eleições presidenciais é um bocado estranho. Vale que anda por aí a menina do gás a mostrar que o Inverno do nosso descontentamento não se resume ao cavaquismo ou às quecas do padre Amaro. O mundo por vezes fica pouco interessante mas é impossível mudar de planeta, que era o que devia acontecer a alguns figurões do nosso futebol. Não acham, por exemplo, que o presidente do Sporting passava bem por alienígena? Enfim, salvam-nos as crónicas do João Pereira Coutinho, no saco de plástico, e do Alberto Gonçalves, na sábado que sai à quinta. E vem aí a Bárbara Guimarães com o campeonato nacional da língua portuguesa, o que é reconfortante, não só pela Bárbara mas também por percebemos que a língua portuguesa ainda é nacional. Pronto, vou ter mesmo de aderir ao clube Kama, pois enquanto escrevo esta prosa, no intervalo do "Air Force One", o anúncio já passou cinco vezes e a esta hora da noite cama e karma confundem-se bestialmente. Perguntam agora se quero receber uma vez por semana as miúdas mais escaldantes e eu respondo 'claro que sim'. Estou mais uma vez a desviar-me do assunto e ainda não falei do glorioso, que teve mais uma grande jornada. Não pelo que ganhou e jogo mas porque o senhor Adriaanse mandou Vítor Baía e Pedro Emanuel para o banco e com isto arranjou lenha para se queimar. Mais a mais, José Veiga esteve no "Sapo" a jantar com o Devesa Neto, o João Teddy e o Pinto de Sousa, que lhe contaram tudo sobre as férias em Marraquexe de Pinto da Costa. O ex-presidente da casa do FC Porto no Luxemburgo é mesmo aquela máquina: o Benfica, tal como o FCP, já nem precisa que os seus jogadores marquem golos para ganhar os jogos. Um filme que é um remake de um sucesso dos anos 80/90, quando andavam por aí a passear os famosos 'homens da mala' (vocês sabem do que estou a falar). Só não percebo porque ninguém fala nos curandeiros que andam por aí a facturar. Uma palavrinha para o Antchouet e para o arraial de porrada que deu a um adepto do Vitória: meu amigo, percebo que nunca tenhas feito isso no Leixões (não estarias aí para falar) e ainda percebo menos o silêncio da direcção vitoriano. Ou melhor, até percebo: os homens já não sabem se hão-de dar corda ao relógio ou mijar contra a parede, como um dia disse o professor José Augusto.