AVE CÉSAR


Numa jogo com uma arbitragem na defensiva de Lucílio Baptista (como de costume), César Peixoto foi a figura natural pelo dois golos que marcou na baliza da Naval e pelo golo que marcou na baliza do FC Porto. Aposta clara de Co Adriaanse, contra alguns arautos da própria SAD portista, o esquerdino formado nas escolas do Vitória de Guimarães renasceu para o futebol de alta competição, depois de sobreviver a um acidente de viação, a um boato e a 15 dias com a Isabel Figueiras em Bora-Bora. A César o que é de César, portanto, num jogo animado pela equipa de matrecos dirigida, e muito bem, por Manuel Cajuda. A Naval esteve a perder por 2-0 e fez 2-1, esteve depois a perder por 3-1 e fez 3-2, o que confirma o seu bom estado anímico e também a sua resistência ao esforço. No FCP de Adriaanse há ainda muitos jogadores "escondidos" (Lucho González é, para mim, o caso mais flagrante), Diego já dá um cheirinho, mas há problemas no eixo do ataque e na construção de jogo. Dois jogos, seis pontos, 4-2 em golos marcados e sofridos. Números são números e os dragões arrancam bem e na frente. Como se esperava, aliás.