A DEVIDA COMÉDIA...


Li na Visão e gostei do que li.

O jornalista Miguel Carvalho colocou na ordem Alvaro Braga Jr.

E com a devida Vénia, transcrevo com prazer o artigo publicado "Olhe que Não, olhe que Não".

E que seja um NÃO definitivo a estas porcarias, que não interessam nem ao Futebol, nem à arbitragem.

Passo a transcrever o artigo:

O Boavista e a suspeita sobre o presidente da Liga.

Se o futebol português já não tivesse um historial típico de um sketch fedorento esta seria uma história de espantar. Como a fama vem de longe, é apenas mais um momento de humor a juntar a outros tantos.

Explique-se: o Boavista anunciou o seu provável abandono da direcção da Liga de Clubes insatisfeito com as arbitragens que, segundo a tese conspiratória do Bessa, o têm colocado perigosamente em risco de descer novamente de divisão, desta vez por via matemática.

Se o leitor pensava que os vários meses de salários em atraso aos jogadores e a lastimável situação financeira do clube explicam alguma coisa quanto à débil posição do Boavista na II Liga, desengane-se.

Na verdade, Álvaro Braga Júnior, presidente da SAD, está preocupado com o alegado favorecimento dos árbitros à Oliveirense, um dos rivais na luta para não bater mais fundo.

Não satisfeito, aquele dirigente insinuou publicamente haver cumplicidades do presidente da Liga na suposta marosca: "Gostaria de saber se Hermínio Loureiro, às 13 e 15 de domingo, três horas antes do jogo com a Olhanense, chegou, ou não, ao estádio da Oliveirense. Se chegou com outras pessoas, tocou a uma porta e, como não a abriram, fez um telefonema para poder entrar", questionou ele, em afirmações reproduzidas pela Comunicação Social.

Ora, sem deixar de elogiar a precisão quase cirúrgica de Álvaro Braga Júnior quanto aos pormenores (já explico o quase) uma coisa é certa: o administrador da SAD boavisteira tem bons e fiáveis amigos em Oliveira de Azeméis.

Porque, de facto, às 13.15 horas, Hermínio Loureiro estava à porta do estádio da Oliveirense.

Porque, de facto, chegou com outras pessoas.

Porque, de facto, tocou à porta do estádio e não a abriram.

Porque, de facto, fez um telefonema para poder entrar.

Não fosse o "quase" e seria uma tese conspirativa perfeita.

Pena é que, àquela hora, naquele dia, naquele portão e naquele estádio, Hermínio Loureiro tenha apenas adiado um pouco mais a sua hora de almoço para, a pedido dos jornalistas da VISÃO e para efeitos de uma entrevista a publicar esta quarta-feira, se deixar fotografar no relvado da Oliveirense.

No fim, fomos todos almoçar.

Cada um para seu lado, bem entendido.

Por causa das conspirações.