"Já tive bons projectos desportivos. Por exemplo, em três anos levei o Paços de Ferreira da última posição da II Divisão B à Liga. Lembro-me de uma subida na Académica – um dos históricos do futebol português -, que não conseguia subir há 11 anos à Liga e que o conseguimos num ano de grande retracção financeira. Consegui manter o Gil Vicente na Liga, num trabalho meritório. Portanto, todos os projectos têm o seu valor e importância parecida. Por vezes relativizamos demasiadas coisas e valorizamos as subidas. Não descer é um trabalho mais importante do que, por vezes, ser campeão no FC Porto, no Benfica ou no Sporting."
Vítor Oliveira, respondendo aos leitores do Sportugal.
O actual treinador do Leixões tem um currículo que fala por si e, como diz, nunca precisou de se oferecer aos clubes para treinar. Não é como aquele comentador-treinador-teórico que manda sempre um faxe para os clubes que acabam de despedir o seu treinador, esteja em causa o Olivais e Moscavide ou o Newcastle (bem, não se perde nada em tentar). Homem do futebol, Vítor Oliveira tem, aos 57 anos, ainda muito para dar. Pena é que outros como ele - João Alves e Vítor Manuel, por exemplo - estejam hoje a sofrer o efeito da clonagem de José Mourinho, que bem que esse seja um efeito que se está a dissipar rapidamente. Ainda falando de Vítor Oliveira, não esqueço também que foi capaz de afrontar a cilada que um dia lhe quiseram armar em Guimarães, deixando um índio com os queixos amarrotados...
PS - Felizmente o meu clube está entregue aos Oliveiras. Ao Carlos e ao Vítor, obviamente.