Divagações

No fim de uma semana excêntrica, que começou com mais uma vitória de Ti Manel em África, somos atacados por anúncios que nos convidam a ler o jornal que o nosso "chairman" lê, o que não passa de uma variação da célebre máxima "sigam o cherne" que deu no que deu, ou seja, com Barroso a por-se a léguas e Santana Lopes inesperadamente em S. Bento, com o Paulo Portas no forte de S. Julião da Barra a fazer de conta que se chamava António Oliveira e a rever filmes com a Catherine Deneuve, enfim, é o o país que temos, o país de "O Príncipe", como muito bem chamou Hernâni Bitaites Gonçalves ao Sócrates dos tempos modernos, e a mais seremos obrigados nos próximos tempos, se bem que o masoquismo tenha limites e continuem a ser imperdoáveis sessões do canal parlamento, onde se encontra o refugo do refugo da nação e uns tantos extremistas que perderam pai e mãe e que por ora se contentam com uns tantos de jantares de borrego e a entoação da "Internacional", não há mesmo muito mais a fazer, há icebergues a encostar nas praias da Nova Zelândia, do outro lado do mundo, e o Verão da Austrália começou com chuaves de granizo e nós aqui com as folhinhas quase todas nas árvores graças a S. Martinho, que as castanhas e a água pé se recomendam, rematando tudo com o bolo-rei que já aí anda, até numa estação de serviço perto de si, como me aconteceu a mim quando ia comparar cigarros e jornais e me vi confrontando com um bolinho quentinho a sair do forno, é o progresso, é o progresso, o mesmo que nos permite comprar computadores por 60 euros no e-bay, imaginem quantos vou conseguir comprar com os 180 milhões de euros que a Mariza Cruz logo mais me vai dar, apenas mais uma alegria depois de ter visto o José Cid a comer alarvemente pastéis de nata do imperdível programa do homem da boina, tanto mais que esteve acompanhado pela Carla Caldeira, o psicólogo era dispensável mas até serviu para o Cid fazer mais umas palahaçadas, desculpem, mas gosto do homem e não é por causa da cabana junto à praia, do capachinho ou do olho de vidro, o homem vive numa das terras portuguesas com um nome mais bonito - Mogofores - e há 30 anos que nos chateia sem nos entediar, o que é obra, outros completam o trabalho em 6 meses apenas e ainda nos vão ao bolsinho do colete, por falar nele, era uma rubrica do Wilso Brasil, o jornalista brasileiro que nunca mais foi o mesmo depois de enfiar um braço inteiro no frasco dos pickles mas que distribuiu troféus pelo país inteiro e que se fosse vivo iria, com a ajuda da Nossa Senhora de Fátima, conciliar Vieira e Pinto da Costa num pavilhão gimnodesportivo do país profundo.