O ARCO DA TAÇA


Ontem estive em Melgaço, no Atlético de Valdevez-Nacional da Madeira.

Um bom jogo, com emoção até ao fim. O Atlético de Micael Sequeira, um jovem técnico de 35 anos com um discurso muito bem estruturado, esteve quase a eliminar o Nacional de Manuel Machado, quando Cara, a 2 minutos dos 90', obrigou Bracalli a fazer uma grande defesa para a barra. No prolongamento, esgotada, a equipa da 2.ª divisão B limitou-se a ver o Nacional atacar mas conseguiu resistir. No desempate através de pontapés da marca de grande penalidade, também lhe faltaram forças - três penálties falhados foi demais! "Ultrapássamos o nosso limite de orgulho", referiu o treinador arcoense, para quem a sua equipa "esteve à altura dos grandes". Por outras palavras, "fomos enormes!" Sem dúvida. Quanto a Manuel Machado, foi mais uma vez honesto intelectualmente, reconheceu as dificuldades sentidas e deu os parabéns ao adversário. Aproveitou também para criticar a nova fórmula competitiva da Taça de Portugal. Julga que o facto de agora as meias-finais se disputarem em duas mãos "não é inocente" e que o "pressuposto está lá", ou seja, "assim permite-se que aqueles que são grandes tenham possibilidade de recuperar de um mau momento". Estou de acordo com ele. Mais uma vez.