É sempre bom deixar a poeira assentar


Há exemplos que sigo na vida. Há atitudes que também servem de exemplo.
Sou um defensor acérrimo do nosso Presidente da Republica professor Aníbal Cavaco Silva. Por ele fiz campanha.
No período dele como primeiro-ministro vi e senti este país desenvolver.
Isto vem a propósito de uma das muitas qualidades do nosso presidente, quando o assunto é controverso e não urgente, deixar passar algum tempo para quando achar o momento oportuno se pronunciar.
É assim que tento fazer...e neste caso deixei passar algum tempo.
Com o Eugénio tenho uma relação de amizade, mas isso não implica que concorde com o seu artigo sobre o desporto para deficientes, antes pelo contrário.
Claro está que, conhecendo-o como conheço, sei que não quis escrever aquilo que muitos pensam que ele escreveu.
Até já reconheceu e admitiu "que alguns dos termos usados não tenham sido os mais felizes mas lendo e relendo o que escrevi continuo a pensar que não ofendi ninguém e muito menos discriminei..." precisamente o que eu esperava.
Ontem, em Rio Maior, Eugénio Queirós, que já participou em outras acções com árbitros, começa a gostar de sentir a arbitragem.
A situação extremou-se, mas nada como conhecer mais profundamente o lado que se critica.
Quem sabe se nos próximos tempos, o Eugénio irá participar num colóquio, num convivio, num congresso de deficientes ou num curso intensivo para linguagem gestual de surdos-mudos.
Iria certamente perceber algumas coisas e iria cada vez gostar mais de sentir esse lado de experiência de vida que seria gratificante, sobretudo as conversas que teria com alguns dos cidadãos que vivem o seu dia a dia na esperança de viver cada dia de cada vez.
As portas devem-se abrir do lado de quem está ofendido, para mostrar a quem não teve a intenção de ofender, de que afinal poderá não estar totalmente esclarecido.