ELE FAZIA COMO OS OUTROS

João Loureiro disse-me esta semana que apenas fez o que 99% dos dirigentes faziam em relação aos árbitros, ou seja, ia para o terreno porque sentia que o Boavista podia ser prejudicado. É a tal pescadinha de rabo na boca. O Boavista só seria prejudicado se outros o quisessem prejudicar. O que João Loureiro - o tal presidente que teve a ousadia de ser campeão no Boavista - disse foi que os árbitros estavam à mercê das pressões dos dirigentes. Outra coisa não seria de esperar quando são os dirigentes que escolhem os homens que mandam nos árbitros! Pode ainda João Loureiro lamentar o facto de, em 2003/2004, a PJ não ter colocado sob escuta os telemóveis de outros dirigentes, para além de si, do pai e de Pinto da Costa, entre outros. Mas nem por isso outros tubarões, hoje armados em paladinos da honestidade, deixaram de ser apanhados em conversas esquisitas que não deram origem a qualquer processo. Mas, tal como já disse o inspector-chefe Casimiro Simões, conhecedor das 17 leis do futebol, "a PJ só podia ir para onde corria a água do rio".

Pois, esqueceram-se foi dos afluentes influentes.