Noite branca...arbitragem escura

Fiquei orgulhoso em ver, que o meu amigo Carlos Duarte é o advogado de alguém que está a ser interrogado nas instalações da PJ, fruto da Operação Noite Branca na cidade do Porto. E como ele falou bem e "despachou" os jornalistas, respondendo a todos com convicção e em directo nas diversas televisões.
Este árbitro de futebol, que é advogado de profissão, mas é mesmo advogado de profissão(não é como muitos que lá estiveram e/ou ainda estão que inventam uns cursos e umas profissões que nem os próprios sabem o que quer dizer).
Mas, voltando a Carlos Duarte, foi o árbitro que na epóca passada foi despromovido por ter enfrentado o presidente dos árbitros (o que escreveu um livro no mês passado) e que viu ao longo da época os seus relatórios estarem distintos de outros olhos. Um exemplo: na 12.ª jornada no que diz respeito às classificações dos árbitros,Carlos Duarte, árbitro portuense e advogado, fez a sua estreia na 1.ª categoria no Aves-Naval e mereceu rasgados elogios da crítica.Foi mesmo considerado o melhor da jornada, no somatório das notas atribuídas pelos cinco órgãos de comunicação social de expressão nacional que atribuem pontuação às prestações dos juízes de campo em cada jornada.Joaquim Campos, árbitro “mundialista”,(não tao famoso como o presidente dos árbitros) na sua habitual crónica, considerou mesmo que a estreia de Duarte trouxe fé à arbitragem.Não foi esse o entendimento do observador madeirense que classificou Carlos Duarte, que lhe atribuiu 7.8 pontos de média, penalizando-o pela condição física e por ter permitido que um livre fosse marcado 2 metros à frente da marca correcta. Mais curioso ainda, os restantes 7 árbitros em actividade nessa jornada tiveram notas positivas, acima dos 8.3 pontos. Ou seja, o melhor para a crítica foi o pior para o observador. A manterem-se estes critérios, a renovação da arbitragem não será um processo fácil. É que, para além de terem muito menos jogos para rodar e pontuar, os árbitros que sobem ao quadro principal são ainda “premiados” com apreciações rigorosíssimas e notas baixas, mesmo quando merecem o elogio geral. E esta época já houve imensos casos injustos como este.
Processo difícil.