GERETS

Eric Gerets é um tipo que conhece bem o FC Porto, que defrontou com a camisola do Standard de Liége, salvo erro, no tempo em que a equipa belga era fera na Europa, com Tahamata a fazer furor na frente de ataque e a partir a perna a Freitas depois de duas fírulas. O Standard de Liége foi a minha segunda reportagem europeia. Fui a um sorteio em Zurique, saíram os belgas ao FC Porto e já depois de despachar a mala para Lisboa recebi ordens para seguir para a Bélgica. Aterrei em Bruxelas e nevava. Ia de camisinha. Lá fui de comboio até Liége para aí ficar a saber que o Standard jogava em Antuérpia. Ala. Era ainda o tempo em que se mandava o serviço por telex... Lá fiz o jogo e no final tentei fazer reportagem. É então que sou convidado a entrar no balneário, como todos os outros jornalistas. Tempo livre para entrevistas. Lá falei com os craques e com o velho Raymond Goethals, que mais tarde viria a reencontrar em Guimarães e num célebre jantar no "Líder", onde o mister nos deu uma lição de táctica enquanto atirava as pontas de cigarro para trás das costas... Vem isto a propósito da forma como Gerets envelheceu. Aparentemente bem. E com um look bem descontraído. Ou não seja agora treinador do Olimpique de Marselha, aquele clube que foi presidido por um artista que agora ganha a vida a fazer teatro. Agora e sempre, bem entendido.