O grande Alfredo



Gosto deste gajo. Não só porque se chama Alfredo e porque todos os Alfredos que conheci eram gajos porreiros, sobretudo o Fredo de Matoses, que era o nosso meia-distâncias nos juvenis de andebol do Leixões, a quem chamávamos "Rummenigge" quando a bola era jogada sobretudo com os pés. Este Alfredo é também Reinado de apelido e suponho que este é um apelido que deve assustar os novos donos de Timor-Leste, os senhores Xanana e Ramos-Horta. Gostava de saber mais coisas sobre o chamado líder dos rebeldes - isto faz-me lembrar alguma coisa mas não me ocorre qual... - na antiga província portuguesa, de onde vieram os melhores calções da minha vida, oferecidos por uma tia que estava no Negage, Angola, onde por acaso iria nascer a minha mulher. Por falar em calções, só tive uma aproximação com uns que comprei na Austrália e por falar na Austrália são as suas tropas especiais que andam na caça do Alfredo guerrilheiro enquanto o candidato a candidato a líder das nações unidas dá entrevistas ao Adelino Gomes. Gostava de saber mais coisas sobre este gajo mas a a única informação que me deram é que fala bem inglês. Sei que Timor nada tem a ver com o Iraque mas o estado a que a situação chegou dá que pensar, embora a nossa esquerda progressista mais uma vez faça de conta que não se passa nada, tentando ignorar um assunto incómodo, pois ficaria muito mal no filme se começasse a tratar um guerrilheiro como um bandido, tal como acontecia com o famoso Ali-Alatas em relação ao sócio da Académica e do Benfica. Timor fica do outro lado do mundo mas aguardo com alguma ansiedade notícias do Alfredo. Tou a torcer por ele. Não sei porquê. Mas não tem nada a ver com o corte à escovinha e com os óculos de Sol. Nem com calções.