O que falhou no "Bragalhal"

Há momentos em que, confesso, não sei quem é o presidente do Braga. Se Salvador, se o cónego Melo, se o duplo M, se Jorge Mendes. Aceite-se que é um clube gerido por um concílio de cardiais, cada um com o seu mister. Situação que ajuda a explicar o que falhou no Bragalhal que Rui Santos assim baptizou. Carlos Carvalhal, segundo palavras de Salvador, conseguiu fazer história no "seu" Sp. Braga, vencendo o FC Porto de Jesualdo (e assim resolvendo um problema psicanalítico) e qualificando a equipa para fase regular da Taça UEFA. O novo treinador gerou novas expectativas e na Pedreira registaram-se assistências médias na ordem dos 15 mil espectadores (bem bom). O que falhou, então? No essencial, aquilo que já se temia: domínio sobre o indomável João Pinto e reforço da confiança do treinador na hora de punir. É inaceitável que um treinador fique suspenso no ar pelos colarinhos só porque um jogador não aceitou uma reprimenda depois de um jogo muito mal perdido. Nem no Pedras Rubras tal acontece.