Quarta-feira à noite, no Estádio do Bessa, vesti a minha pele de adepto e de tuga e lá me pus a caminho, com a minha filhota. Não chegamos a tempo de ouvir a malta assobiar o hino suíço e assim irritar o Mirinho, mas acertamos na bancada. Ficamos atrás da baliza onde se marcaram os 3 golos. O público foi fantástico, pois começou a gritar "Portugal" logo depois do golo dos suíços, que eram apoiados por um adepto com chocalhos e por mais uns tantos disfarçados de tugas, os mesmos que ficam sempre satisfeitos com a desgraça dos outros ou então porque sofrem da doença do recalcamento. Mas adiante. Felizmente Agostinho Oliveira, como todos os bons treinadores, estava na ronha e só colocou a melhor equipa em acção na segunda parte, surpreendendo o seu adversário. Hugo Almeida e o "meu" Silvestre Varela deram a vitória a Portugal. Hugo acabou nas lonas, num exemplo quase emocionante do que deve ser um jogador que veste a camisola nacional. Os últimos minutos foram incríveis, a festa um espectáculo e viram-se lágrimas nos olhos dos espectadores. O futebol em todo o seu esplendor, a catarse perfeita, sem clubismos a contaminar o que quer que seja, numa pureza quase virginal. A minha Xica festejou com mais uma fartura do sr. Amaral e eu, o Toninho, a Sara e a mais que tudo com um prego no prato do "Fonte Luz", acompanhado das indispensáveis "Dominus".
Aleluia!