LEALDADES


Vi ontem a parte final, na SIC Notícias, de um debate, moderado por António Cancela, sobre a crise financeira que corrói o nosso futebol. Os paineleiros eram: o inefável Evangelista, Cunhal Leal, director executado da Liga, e Laurentino Dias, o justiceiro de Fafe. Leal armou-se em virgem ofendida quando Evangelista pregou a propósito da necessidade da Liga apertar os critérios financeiros para a participação dos clubes em provas que se querem profissionais. É típico. Leal, como o nome indica, sabe melhor que ninguém que o país não se controla apenas com presenças assíduas no bar "Snob", ali à lisboeta Rua do Século, onde se come um excelente bife com champs. Cunha, como o nome indica, sabe bem que a Liga tem todo o interesse em manter critérios largos. Só dessa forma poderá "controlar", com base nas fragilidades dos seus sócios. É assim há muito tempo com os resultados desastrosos que se conhecem. E os grandes clubes, obviamente, também têm culpa pois aqui e ali patrocinam "satélites" que depois saem da órbita e se despenham com estrondo na atmosfera. Qualquer dia alguém ainda se magoa quando lhe cair um pedaço de céu em cima.
Penso eu de que.