Subitamente, no Verão de S. Martinho, as campainhas começam a tocar no futebol luso. Salários em atraso, sad's insolventes !!!!! pim !!!!! pim !!!!!!!! pim !!!!! Depois de Salgueiros, Ac. Viseu, Leça, Tirsense e Farense !!!!! pim !!!!!! pim !!!!!! Vitória de Setúbal, Estoril, Gil Vicente, Estrela da Amadora e até o Boavista. O que se passa? NADA DE ESPECIAL. Pura e simplesmente, os nossos dirigentes são incapazes de potenciar o espectáculo-futebol. Repare-se: em plena crise, as duas ligas profissionais páram 15 dias. Nem a receita do bar pode pagar o salário pelo menos do presidente do conselho de administração... Bilhetes muito caros, quadro competitivo obsoleto, ordenados de jogadores, treinadores e administradores muito para além do razoável, má gestão, comissões a mais e lucros a menos... Só podia dar nisto e a tendência é para piorar. Nos últimos 30 anos, no futebol português apenas aconteceram dois milagres:
- O Boavista de Valentim.
- E o Vitória de Guimarães de Pimenta.
Os grandes não contam pois aparece sempre alguém para apagar o incêndio, quanto mais não seja o BES, o BCP ou a Olivedesportos.
Valentim negociou terrenos, lançou empreendimentos, vendeu e revendeu jogadores e lançou o Boavista na sua modernidade.
Pimenta fez o mesmo e até lhe acrescentou um complexo desportivo hoje fatiado em hipotecas.
Cada um no seu estilo, tornaram grandes dois clubes de média dimensão.
Cai o Carmo e a Trindade, e com eles os Clérigos, e nem foi preciso um terramoto. Bastou uma simples sopradela.
Estava tudo podre.