PONTAPÉS NA GRAMA


A caminho de Vila do Conde, para o Rio Ave-Braga, ouço na rádio Luís Figo desejar que no clássico ganhem aqueles "que sejam os melhores", porque o importante é que todos "fiquem felizes e contentes". Demasiado tempo de "portunhol" e com necessidade de afinar o "italiguês". Figo tem alguma desculpa para os pontapés que vai dando na gramática. Mas podia ser um pouco mais exigente quando fala a sua língua mãe, embora, claro, não precise "de ir ao notário mudar de nome", como faria o relatador que tenho nas minhas costas perante a perspectiva de se chamar Chidi. Eu estou aqui, precisamente no topo do pedaço da bancada central do Rio Ave que faz de cada jogo um festival de caravalhadas. É malta das Caxinas, muitos deles depois do jogo foram para a faina no Mar, nesse entretanto vibraram com o jogo e deram murros no acrílico que divide a tribuna de imprensa da bancada. Um espectáculo impróprio para menores mas digno de se apreciar. Com esta massa crítica (!), o Rio Ave será sempre um pequeno-grande clube.