O meu "Samsung UMTS" tirou este boneco no sábado, dia de reflexão. O que estão a ver é um edifício absolutamente "kitch" de uma nova zona urbana de Aveiro, ali entre o Fórum e a antiga Fábrica Campos. Aveiro é uma cidade que não tem muitos mamarrachos. Está lá um há muitos anos a marcar a paisagem, parece que pertence à Segurança Social, mas perdoa-se. Reparem no telhado e sobretudo no céu. Se vissem o resto, viam também um dos canais da ria a delinear uma linha de água na cidade. Jardins bem tratados, um sintético para os miúdos darem uns pontapés na bola, bugas de borla para dar umas voltas pela cidade, bolacha americana na zona demarcada da "Beneton", gente bonita a passear... Fui ver o "Golo" e gostei. Sinergias à parte (quem vende os bilhetes vende também pipocas), emocionei-me. É uma história simples e piegas mas desde o "Fuga para a Vitória" que não via um filme tão bom sobre futebol. Santiago e os "Toonies", Los Angeles, o lado boémio dos grandes craques e, sobretudo, aquela conversa no bar com Zidane, Raul e Beckham. Sim, mas nada que se compare ao céu recortado de nuvens de Aveiro, a este prédio com capacete, aos relvados quase ingleses, ao cheiro a mar que a ria nos dá... Aveiro, a terra onde ganhou um presidente que se apresentava em cartaz de camisa. Até gostava do Souto mas o Élio também me conquistou pela sua simplicidade, embora não tenha votado no independente que presidia à junta de S. Bernardo. Élio perdeu na Glória e o Rui Baptista não gostou de o ouvir no debate. Mas ganhou. Mais uma peculiaridade de Aveiro, a melhor cidade portuguesa.