CONTA$


FC Porto e Benfica já apresentaram as suas contas anuais, falta o Sporting. O FC Porto por ora só divulgou os resultados consolidados, não pormenorizou números. O Benfica ainda precisa de aprovar as contas. O FCP apresentou um prejuízo operacional de 2 milhões de euros e um passivo de 125,9 milhões de euros. O Benfica apresentou um prejuízo de 5,8 milhões de euros e um passivo de 125,7 milhões de euros. O passivo do Sporting era, em Janeiro de 2004, de 51 milhões de euros mas esta SAD já reduziu o seu capital, note-se. O FCP teve receitas de 77 milhões de euros contra apenas 46,1 milhões de euros do Benfica. Os dragões conseguiram ainda 31,7 milhões de euros com a venda de jogadores, enquanto o Benfica vendeu Tiago ao Chelsea e ganhou 8,8 milhões de euros, para além de ter alienado parte dos passes de Manuel Fernandes e de outros jovens do plantel. O Benfica fez as suas vendas para além do fecho das contas e garante que teria saldo positivo se pudesse incluir nas mesmas as mais valias de Alex e Miguel. Os dragões também levaram a melhor nas receitas de bilheteira, com 13,4 milhões de euros contra 10,8 milhões de euros das águias. Números muito parecidos em publicidade e patrocínios: 9,1 milhões (FCP) e 8,5 milhões (Benfica). FCP também na frente nos custos com pessoal (40,1 milhões de euros contra 25 milhões de euros do velho rival). O conselho de administração do Benfica custou apenas 113.412 euros, do seu homólogo portista por ora só se sabe que no exercício de 2003/2004 custou 807.691 euros. O Sporting fechou o primeiro semestre com custos de pessoal de 11,22 milhões de euros e com proveitos de 13,7 milhões de euros apenas.

Vistos os números, numa primeira análise ressalta a paridade dos números de Benfica e de FC Porto e depois a certeza de que nem vendendo muitos jogadores estas SAD conseguem garantir resultados positivos. De qualquer das formas, os prejuízos apresentados são quase residuais, estando longe de números de outros exercícios, muitas vezes a superarem os 20 milhões de euros. Já é qualquer coisa. Mas pede-se mais e melhor dos gestores das nossas maiores sociedades desportivas.