O COCA-BICHINHOS


O seu semanário editado ao sábado que dispensa capas com temas medicinais ou sexuais.

Em Vimioso, Nordeste profundo, Mário Soares "matou" a mãe de uma criança de dois anos através de um apaniguado também idoso que reagiu a um insulto de outro geronte dirigido ao candidato a PR. Tudo acabou num tiroteio que extravasou da tasca para o largo da igreja. E ainda dizem que as presidenciais não contam para o totobola...

Das seis equipas portuguesas envolvidas nas provas europeias apenas o FC Porto perdeu (e perdeu mal). Até o Vitória de Guimarães deu uma goleada. O nosso futebol continua a marcar pontos, apesar de tudo. Somos competitivos neste ramo!

José Socas, o líder da nação, foi vaiado quando visitou mais uma escola. O homem recusou-se a receber uma petição dos professores, revelando que está, claramente, em défice democrático. Gostei de o ver ao lado do amigo Pedro na entronização de um activista agora desactivado como alta autoridade para os refugiados e outros migrantes.

Co Adriaanse deu um murro na mesa apenas dois meses depois da sua chegada à Lusitânia. Imaginem o que não fará se ficar por cá até ao final do contrato.

José Veiga teve de se explicar ao seu superior hierárquico Walter. LFV esteve lá, para confirmar que o verdadeiro papagaio dava mesmo o bico a torcer. Bonito.

O jornal "Benfica" vendeu mais um exemplar esta semana.

José Maria Martins, o ex-advogado de Saddam Hussein, anunciou a sua candidatura à presidência da República. Temem-se confrontos violentos em Vimioso, nas imediações dos Jerónimos e em Bagdad.

Os meus colegas de "O Comércio do Porto" continuam nas mãos dos comissários políticos do costume. Nada que não estivesse previsto. Mas triste sobretudo para quem paga as quotas.


Abriu a maior loja do país no interior do estádio do dragão. Repare-se que foi dito "a maior loja" e não a grande loja.

Embora só o CM se preocupe, prosseguiu o julgamento do caso que é casa e no qual todos piam.

Mais uma edição brilhante de "Inimigo Público", 6ª feira, o suplemento de jornal com mais inimigos no próprio "Público" que em toda a concorrência (NY Times, W. Post, El País, Times...).

A minha filha de quatro anos e meio aprendeu a escrever o nome. Mais uma semana e escreve melhor que o pai.


Manuel Monteiro diz que na essência tudo é igual, nada muda. Não acredito. Monteiro mudou muito essencialmente desde que deixou de ser manipulado por Paulo Portas.

Está anunciada a rentré editorial. Saramago e Lobo Antunes são as estrelas. Fala-se ainda de Alegre e de Agustina. E do novo romance de José Rodrigues dos Santos, cuja "Filha do Capitão" parece que merece a nossa atenção. Quis o acaso que nada tivesse para ler e li o "Jardim Colonial", do arquitecto Saraiva. Não sei bem a quem ele se refere no seu "reality book" mas gostei. Li numa pressinha.

Co Adriaanse convocou McCarthy, Postiga e Hugo Almeida. Se não aparecerem cabeleireiras no hotel Solverde, o sul-africano joga e marca em Braga.

Aproveitando a boleia de Adriaanse, Manuel Machado criticou os critérios da imprensa portuguesa a propósito do destaque e espaço que os três grandes têm, em contraponto com os pequenos quintais destinados aos restantes clubes da Liga. Há aqui um problema de estratégia e de equilíbrio e só é lamentável que tenha sido um treinador, um treinador lúcido e sagaz, a pôr o dedo neste furúnculo.

Já começo a ficar um bocado aborrecido com o sucesso de Chelsea de José Mourinho. Gosto do Chelsea e de Mourinho mas ganhar tanto também cansa.

Gosto do jeito sereno, quase didáctica, de Ronaldo Koeman quando explica o seu 4x3x3 ou a variante 3x4x3. Não sobe nem desce o tom de voz, aparenta tranquilidade, é urbano. Mas será que a guerra do futebol se compadece com pessoas tão educadas?

Li no "24" uma reportagem sobre o dia-a-dia de José Veiga. Se Veiga fosse um sabonete, no fim tinha-o comprado. O problema destas reportagens "a vida de de..." é que caem com facilidade na epopeia. Esquecendo o que é comédia e o que é tragédia.