NOVO BOAVISTA


Voltei a gostar do Boavista de Carlos Brito. É uma equipa que quer a bola, que ataca com movimentos inteligentes, que executa os lances de bola parada concentrada e com trabalho de casa feito e que joga "para a frentex". Sei que este conceito está um pouco na moda no futebol português, inspirado por Co Adriaanse, um treinador que, diga-se o que se disser, pelo menos teve o condão de suscitar alguma discussão à volta do tema. Nem tanto ao mar nem tanto à terra - é o que lá mais para diante se poderá verificar - mas é o que está a dar. Nessa linha, o Boavista de Brito está a ser uma das melhores equipas do campeonato. Ali nada acontece por acaso. A equipa sai a jogar com determinação e pelos caminhos que escolheu durante a semana de trabalho. E faz poucas faltas... No jogo de segunda-feira, no Bessa, na primeira parte fez só seis faltas. Na segunda, sobretudo quando quis segurar o resultado, fez mais (10) mas ainda assim terminou atrás da Académica (16 contra 20 faltas). Este Boavista está também a revelar um razoável índice de finalizações: 11-10-14-9-13 remates à baliza nos cinco jogos da Liga. Bons índices também nos cantos ganhos: 3-6-6-7-7. Pode não haver equipas de ataque ou de defesa. Ninguém pode é dizer que este Boavista não ousa.