Após uma infindável série paneleiradas dos paineleiros que o regime paga a peso de ouro, Carlos Carvalhal disse alguma coisa de razoável SOBRE as declarações de Co Adriaanse. Por um lado, concordou com o holandês em relação à brandura dos costumes quanto aos cartões amarelos. Por outro, disse que se não há público nas bancadas não é porque os espectáculos, os treinadores, os jogadores e os árbitros portugueses são maus - mas sim porque o país está deprimido social e economicamente e os bilhetes são demasiados caros para os orçamentos rateados mesmo da classe média. Esta sensibilidade nunca a tiveram os dirigentes que mandam na Liga. Que determinaram um preço mínimo e um preço máximo para os bilhetes, muito depois da escandaleira do Salgueiros-Sporting (para quê? melhor, para quem?). O Belenenses já fez a experiência de bilhetes grátis e teve excelentes casas. Não há almoços de borla mas está a chegar a hora dos nossos dirigentes não quererem ser mais os carrascos dos clubes que comandam, chamando para os estádios uma clientela que dele fugiu para os cafés e para os sofás. Ainda se as receitas televisivas fossem compensadoras...
PS - A propósito de Carvalhal, vamos ver como reage o melhor treinador português a treinar em Portugal à provocação de Mister Co, que disse que o Belém vai ao Dragão defender.