ONZE HORAS QUE GANHEI


Hoje gastei onze horas do meu tempo vital a tentar conseguir uma entrevista, nem que fosse de uma só minuto, com Diego Armando Maradona (em breve provarei o quão próximo estive de tal). Faltou um bocadinho assim. O 'Diez' ficou de de 'males lechos' com os periodistas argentinos, ao fim da noite de sábado, e eu e o meu companheiro Manuel Chaves, da Antena 1, ficamos a xuxar no dedo. Mas valeu a pena estar perto do MAIOR JOGADOR DE SEMPRE da história do futebol, da sua "entourage" e da equipa do Boca Juniors. Uma equipa que não tem assessores de imprensa e que permite que os jornalistas durmam no hotel que escolhe e que aí passem as horas que quiserem, o que nos faz lembrar os bons velhos tempos em que dirigentes, treinadores, jogadores e jornalistas se conheciam pelo nome e se respeitavam mutuamente. Os tempos mudaram e hoje vivemos num estranho limbo que me dispenso de comentar para não promover mais a parvoíce (já bastam alguns jornais). Acreditem que não fiquei frustrado por não conseguir obter de Diego nada mais do que um sorriso enquanto subia, com um dos filhos pela mão, para a suite que lhe reservaram no NH de Shiphol, aqui em Amesterdão. Tudo mudou no hotel e no Boca a partir do momento que Maradona chegou. E ele ainda não tomou posse como vice-presidente... O homem está bem mais magro mas também mais velho. Fiquei com pele de galinha ao seu lado. Diego Armando Maradona. Onze horas que ganhei.