RUI BARROS


Gosto do Rui Barros, o tuga que o Co que se lê cu Adriaanse escolheu para representar Portugal na sua equipa técnica. Quem parece que se lixou foi o "Broas" mas a culpa não é do João Faria e do 24 Horas, nem do inglês das docas que domina o genuíno número 2 portista. Também gosto do João, embora se tenha zangado um dia comigo no bar do Estádio Nacional por causa de uma breve sobre um café... Quanto ao Rui, jamais esquecerei a reportagem que fiz com ele para o CM em Turim, nos seus primeiros dias na Juve. O Rui só sabia o caminho para o supermercado e estava com o pai e com a mãe. O pai ficou dentro do carro, virado para uma parede, enquanto o Rui foi treinar. Fiz o texto e as fotos e a reportagem foi falsa manchete. O Vítor Direito desceu à redacção e deu-me os parabéns. Os meus colegas acharam isto espantoso, quase inédito. Ficou, por isso, no meu currículo.
Os anos passaram e esporadicamente fui falando com o Rui. Sempre simpático, disponível. Os que o conhecem bem dizem que está longe de ser tonto. Há um ano, foi ele quem "traduziu" Del Neri e passei pelo seu sorriso no simpático hotel de Zeist onde fiquei e onde os italianos iam tomar um capuccino depois do jantar. Gosto do Rui, repito. Nunca perdeu a humildade apesar de ter sido grande-pequeno craque. São estas pessoas que fazem bem ao futebol.