PELA BOCA...

A gala dos dragões de ouro, na caixa do Dragão, onde Madaíl quase chegou atrasado e não se sentou nem à direita nem à esquerda do papa, foi dedicada à poesia. Só Pinto da Costa declamou três poemas, entre os quais o inevitável "Cântico Negro", o tal que fala de Deus e do Diabo (vai assim com caixa alta por razões óbvias). O presidente do FC Porto é um mau "diseur" mas ainda ninguém teve coragem para o informar sobre este assunto. Registei, porém, o seu sorriso de menino no final da última poesia, antes das palmas da plateia, que o fez recuar aos salões burgueses da sua infância, quando o prodígio já se anunciava mas não propriamente no terreno pisado pelos poetas e pelos apedeutas. Gosto desta última palavra, gosto mesmo muito.

PS - Dois erros no mesmo texto. Já estou pior que o Cavaco.