O SPORTING

O Sporting voltou a mostrar a sua fragilidade. Escapou de uma derrota graças a um auto-golo e à raça de Daniel Carriço. É evidente para todos que uma equipa ao mesmo tempo com Miguel Veloso e Rochemback em "acção" só por milagre pode conseguir ganhar um jogo. Paulo Bento continua agarrado aos seus princípios e continuo sem saber o que fazia ao seu lado, na bancada da Choupana, um tipo moreno de calções e cabelo comprido que tirava notas para um bloco enquanto ouvia o treinador desabafar... Este Sporting está, ainda, amarrado a dois jogadores: Liedson, manifestamente infeliz neste início de época depois de ter embolsado quase dois milhões de euros de prémio de permanência, e João Moutinho, um jogador hoje inconsequente, muito escondido e que na Madeira só apareceu quando passou a jogar no centro do terreno, onde há muito tempo deveria estar a jogar. Por surpreendente que possa parecer, um jornal desportivo de hoje atribui ao losango algum do mérito deste empate. Ora, na minha modesta opinião tem sido precisamente este losango a tramar este Sporting de Paulo Bento: uma equipa previsível, que não liberta o talento dos seus jogadores e que com um clamoroso défice no jogo aéreo. É demasiado para quem quer lutar pelo título, embora possa ser suficiente para aquele lugar do costume, ou seja, o primeiro dos últimos.