BAGUNÇA

Não há surpresas no futebol português. Com a nova época a começar, ninguém sabe se o Boavista se mantém na Liga principal, se o Paços desce à II Liga e se Gondomar e Vizela se mantêm neste escalão. No timing que se pedia, a Comissão Disciplinar da Liga despachou 14 processos, que transitaram para o CJ da FPF, onde, segundo o seu presidente, o advogado Gonçalves Pereira, estão a ser vítimas de um regimento do CJ adequada e de uma consequente tramitação demasiado lenta. Há muito tempo que o CJ da FPF já devia ter arrumado as botas. O que começa torto dificilmente se endireita. Recorde-se que a eleição deste CJ foi só por si um festival. O nº2 indicado, o procurador Almeida Pereira, acabou por renunciar, depois de ter sido noticiado que preside ao DIAP que arquivou uma série de processos do Apito Dourado. O que fez subir Gonçalves Pereira para n.º2 do conselho dirigido pelo juiz conselheiro, do Supremo Tribunal de Justiça, Herculano Lima. Que se demitiu em Outubro do ano passado, depois de votar vencido na redução de um castigo a Valentim Loureiro de 6 meses para 100 dias, desta forma possibilitando que o major continuasse a presidir à assembleia geral da Liga, continuando, desta forma, com poder para determinar intervalos nas assembleias para uma cigarrada e para jantar "porque não tenho a vossa idade e estou com fome". Com a saída do juiz, o CJ passou a ser comandado pelo antigo guarda-redes do Gondomar que passou pela presidência da mesa da assembleia geral do clube que é o cerne da questão no processo originário do Apito Dourado, cujo acórdão se conhece no próximo dia 18. O mesmo Gonçalves Pereira que no dia em que assumiu a candidatura à Câmara Municipal de Gondomar, pelo PSD, disse que votaria em Valentim Loureiro, seu adversário, se não estivesse a concorrer pelos laranjinhas. Este é o homem que comanda um CJ de Justiça no limite do quórum e, pelo que se sabe, está perfeitamente dividido nesta questão do Apito Final. O que faz Madaíl perante tudo isto? Nada. espera sentado. O que também não é novidade.