NÃO CUSTA NADA ACREDITAR


Fomos de vela.
Sem espinhas.
Dois frangos de Ricardo - em lances semelhantes ao fatal golo grego na Luz - tiraram sobretudo a Deco o direito de seguir em frente. Portugal abriu-se, a Alemanha entrou pela brecha.
Simples. Fácil.
Saímos do Euro, como disse Scolari, "entre as oito melhores equipas" da competição.
Triste consolo.
Scolari, esse, vai à sua vidinha. Foi finalista vencido do Euro que organizámos, apurou Portugal para o Mundial (o que também fizeram José Torres e António Oliveira) e morreu na praia (meia-final), apurou Portugal "à rasca" para o Euro que ainda decorre e ficou-se pelos quartos com vista para a final. O que ganhou Felipão? De concreto, nada. No geral, prestigiou a equipa de todos nós. Que antes da sua chegada tinha garantido uma presença no Mundial e tinha tido presenças muito honrosas no Euro de 2000 (com Humberto Coelho) e no Euro de 1996 (com António Oliveira), falhando um Mundial pelo meio com Artur Jorge por causa de um tal Marc Vatta que ontem foi 4.º árbitro.
Feitas bem as contas, Scolari na selecção portuguesa pouco valor acrescentou. Foi mais "show off".
Ok, reconheço, tornou Deco tão português como o Murtosa de sempre.