VÓMITOS JORNALÍSTICOS


Após 32 sessões do julgamento do processo originário do Apito Dourado - um marco na história do futebol português e quiçá da nossa justiça -, a cobertura jornalística do mesmo vem provar que há jornalistas e pés de microfone. Os jornais, com mais ou menos espaço, continuam a fazer uma cobertura em permanência, apostando em jornalistas "residentes" e numa informação plena. As rádios e as televisões aparecem por Gondomar de vez em quando, quando pressentem um pico noticioso. A Sport-Tv, presume-se que uma estação televisiva em desporto, foi vista por ali 3 ou 4 vezes. Preguiça e incompetência? Quero acreditar que sim. Repara-se no jornal das 24 da SIC Notícias, falso paradigma de jornalista televisivo que debita debates e enlatados da CBS: um tédio, com aquele tipo que apresentava o Jornalinho e uma revista de imprensa anedótica com destaque sempre para um "jornal" chamado "Notícias da Manhã". Infelizmente confunde-se jornalismo com televisão e, mais grave, valoriza-se esse acompanhamento diletante da actualidade feito pelas redacções das estações televisivas, com base nas notícias dos jornais do dia e na agenda dos políticos. Uma pobreza franciscana onde o sonho de todos os "jornalistas" continua a ser o de se transformarem em "programadores" ou animadores de programas televisivas. Acredite quem quiser. Eu vomito-os.