A NOSSA HOMENAGEM AO DIRECTOR

Não tenho jeito para rimar
mas creio que isso pouco importa
para recordar Alberto Espinhal
tudo ou nada...pouco importa
Luís Avelãs [Buldozer]

Aqui presto a minha homenagem
ao doutor Alberto Espinhal
que mesmo a beber copo noutro sítio
consegue juntar o pessoal
Mário Pereira [Braguinha]/João Esteves[Apelação]

Lá vem a nau catrineta
que tem sempre que contar
só a malta da Gazeta
para nos poder animar

Na rua Poço do Negros
o mundo avança e pula
se alguém for comprar pregos
foi porque pediu o Dula
Eugénio Queirós

A insistência do Avelãs
tinha glosar Espinhal
vou insistir na penosa intenção
só se ninguém levar a mal
Luís Graça [Graziani]

Perdoem a falta de jeito mas o povo já tinha aviado alguns jarros de verde branco quando rasgámos o papel da mesa para um exercício de poesia à volta do nosso "director". Aconteceu sexta-feira à noite, no Solar de Alcântara, um encontro de gazeteiros a propósito de Alberto Espinhal, o nosso glorioso director recentemente desaparecido. Disse desaparecido mas exagerei. Ele esteve muito presente no jantar que começou às dez e acabou às cinco e meio da matina, volvidos muitos jarros de vinho e duas garrafas de whisky. Lá esteve, para além dos artistas já referidos, também o Tiago Espinhal (ó pá, tens aquele jeitinho do teu pai quando te irritas...), o seu simpático sogro e o José Paulo Canelas. Foi uma noite olímpica que terminou já de manhã numa pastelaria de Alcântara, onde, à volta de uns pastéis de nata, o pessoal tentou ganhar ânimo e equilíbrio para voltar a casa (eu ainda tinha de apanhar o comboio).
Uma noite na qual deu para perceber que o tempo que todos vivemos na Gazeta dos Desportos foi tempo ganho e é irrepetível, tendo ficado para sempre algo a unir-nos. O que é muito obra do homem que nos juntou todos em Alcântara.