A CLASSE...DOS ÁRBITROS

Os árbitros portugueses vivem sob o espectro do Apito Dourado e da suspeita. Estamos a falar da única equipa que entra em campo e não tem adeptos ou massa associativa. Talvez por isso, sempre sempre me senti atraído por esta classe de quase marginais do nosso futebol e no grupo fiz alguns amigos. Foi a convite deles que estive recentemente num velho casarão do Porto, onde reside o Núcleo de Árbitro Francisco Guerra. Francisco Guerra foi um árbitro portuense que atingiu o estatuto de internacional e que sempre foi visto como um mestre. Paulo Costa é o presidente da assembleia geral e Paulo Paraty o presidente da direcção. O convite era para uma tertúlia a propósito de ética na arbitragem. O orador convidado foi o actual presidente da AF Porto, Lourenço Pinto, personalidade que enquanto presidente do Conselho de Arbitragem da FPF montou uma armadilha onde caiu o árbitro Francisco Silva, no caso que ficou conhecido por "Penafielgate", dado à estampa n'A BOLA pelo jornalista João Freitas. Foi uma noite bem passada, com sala cheia e muitas questões. Novos e velhos juntos no mesmo barco. No fim, deu para ficar a conhecer melhor Martins dos Santos. Que, confesso, me surpreendeu com a sua frontalidade. Não vou faltar à próxima tertúlia. Ao que julgo saber, com Hermínio Loureiro.