Na Parvónia ter disto



Apitos de ouro do tamanho do Liechtenstein, queijos da Serra que derretem na boca, peças de cristal oferecidas pelo Benfica que afinal são de vidro e não valem mais do que 35 euros, vinho a martelo, pulseiras da colecção 1973/74 com a assinatura de Zezé Camarinha, bolas, galhardetes, e o diabo a quatro. Decididamente, a Parvónia tem no Tribunal de Gondomar a sua capital. Só não sei se os parvos querem fazer o povo passar por parvo ou se já nasceram assim. De uma forma ou de outra, já vai fazendo falta prova com mais substância, tipo gajas roliças de voz perfurante e peito generoso, electrodomésticos topo de gama – Gondomar já esteve na vanguarda da tecnologia em eleições que a memória ainda alcança – e cheques com cobertura de chocolate e leite. Faço apelo ao bom senso dos magistrados para ir ao fundo da questão.