MORREU ALBERTO ESPINHAL

São notícias que nos apanham sempre de surpresa. Morreu Alberto Espinhal. Um nome que provavelmente diz pouco ao mundo da Imprensa desportiva mas que a mim me diz muito. Foi meu director na "Gazeta dos Desportos", no melhor período desta publicação, quando uma equipa pequena equipa fez das tripas coração e arrasou com edições históricas (não apenas nas tiragens). Ainda há pouco tempo aqui falei dele e dos momentos da sua chegada à redacção, ao fim da tarde, nos dias de fecho, com uma Super Bock na mão e a fralda de fora. Advogado respeitado na praça lisboeta, Alberto Espinhal foi dirigente da Académica e do Beira-Mar e como director da "Gazeta", jornal de que foi também administrador, era para nós uma fonte permanente de inspiração, sobretudo através da sua experiência de vida e a liberdade que nos dava para criar. A última vez que o encontrei foi no Hotel Cidadela, na companhia do Virgílio Neves e do Mário Pereira, para um daqueles bates-papos pela noite dentro - não, desse vez não fomos corridos porque o "Dula" era um dos donos do hotel...
O seu corpo estará hoje, a partir das 18.30 horas, em câmara ardente na Basílica da Estrela e amanhã será rezada uma missa, às 11 horas, no mesmo local, seguindo o funeral para a terra natal (Anadia) de um director inesquecível de um amigo de todas as horas.