Para que conste


Tenho sido questionado como é possível o Vítor Pereira actual presidente dos árbitros da Comissão de Arbitragem da Liga Profissional, ter sido nomeado para presidente dos árbitros na UEFA.
Ora o que acontece é que o Vítor Pereira, terminou as suas funções na arbitragem internacional em 2006, após o Campeonato do Mundo.
Neste momento, não exerce qualquer função semelhante na UEFA nem na FIFA.
Apenas foi nomeado presidente dos árbitros das ligas profissionais, uma espécie de G14 dos Clubes.
Nada decide este grupo.
Apenas defende os interesses do profissionalismo na arbitragem.

A propósito, recordo aqui excertos de uma entrevista, na sexta feira 13 de Outubro de 2006:
Vítor Pereira quer profissionalizar árbitros já na próxima época
Vítor Pereira não desiste da ideia de profissionalizar a arbitragem portuguesa. O presidente da Comissão de Arbitragem (CA) da Liga de Clubes revela o desejo de que na próxima época já haja «algum desenvolvimento» neste sentido, contrariando assim as teorias de Gilberto Madaíl, presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), que se mostrou contra a profissionalização dos homens do apito. «Diz que é impossível profissionalizar, mas em Inglaterra os árbitros têm contratos assinados e na Holanda também», salienta Vítor Pereira, realçando que «se Madaíl não fosse profissional provavelmente não seria o melhor presidente da história da FPF.
O presidente da CA refuta ainda a ideia que Madaíl defendeu de que não há mercado para alimentar uma actividade profissional. «Há um mercado pequenino», destaca Vítor Pereira, frisando que «para presidentes da FPF também há pouco mercado» e que não é por isso que Madaíl não é profissional e «muito bem», considera.
«A profissionalização é um meio para atingir um fim, árbitros mais competentes, mais capazes», destaca o ex-árbitro internacional, realçando que «devemos criar condições para atingir melhores desempenhos».
Vítor Pereira reconhece que «o dossier é moroso e envolve várias entidades, como o Governo», mas confessa o desejo de que «no início da próxima época já houvesse algum desenvolvimento nesta matéria». Para já a aposta é em «trabalhar muito no fomento dos Centros de Treinos», conforme sublinha.
Este antigo homem do apito faz ainda alusão ao limite de idade de 45 anos imposto na actividade, considerando que «é um mito» e que «só se desenham estes cenários por falta de conhecimento». «Na Holanda há um árbitro com 52», refere Vítor Pereira, constatando que «com o estatuto da carreira organizado, não é necessário haver limite de idade».
Isto foi hà 16 meses atrás.